Alguns fatalistas chegaram a decretar o fim dos sindicatos e deram adeus ao proletariado. Pergunta-se o que é proletariado e o que é sindicato? Os índices de sindicalização despencaram no Brasil e no Mundo e as assembléias esvaziaram. O que está acontecendo? Num cenário tão desfavorável, muitas direções sindicais se burocratizam e abandonam a luta classista. A crise inclusive atingiu centrais antes combativas, como a CUT. A revitalização das lutas sociais se deu com o declínio do imperialismo ianque que se encontra afundado na grande crise econômica dando novo impulso a resistência dos trabalhadores contra o desemprego e a precarização. No Brasil através do tímido crescimento da economia que gera alguns postos formais de emprego e renda o cenário torna-se mais favorável a luta dos trabalhadores e aponta para um crescimento da extrema esquerda, haja vista que a esquerda de centro (no Brasil representada pelo PT) encontra-se no poder e seus militantes históricos hoje fazem parte de uma pequena burguesia (Já dizia Marx). Alguns indicadores nos dão sinal de crescimento da sindicalização no país; de 16% nos anos 90 para 20% no ano de 2007. A prova disso é que as categorias obtiveram aumento real de salários em 2007, fato que é inédito nas últimas décadas. As pesquisas apontam também uma melhora da imagem do sindicalismo, que subiu de 11º para o 7º lugar entre as instituições mais confiáveis e respeitadas pelos brasileiros. Com certeza a base paraense não foi consultada, pois se fosse teríamos detectado a omissão de certos sindicatos pelêgos que ainda fazem os velhos acordos com os patrões, com seu quadro já ultrapassado e envelhecido deixando muito a desejar. A agenda sindical agora é mais positiva com a redução da jornada de trabalho, a redução da terceirização, a concessão de direitos a 6,3 milhões de empregadas domésticos e a ratificação das convenções 151 (Direito de negociação coletiva dos servidores públicos) e 158(Proibição de demissão imotivada). Já foram aprovadas medidas para a ampliação da licença maternidade e da limitação aos abusos nos estágios. A Hora é agora o sindicalismo não pode perder o bonde da história para defender a ampliação dos direitos dos trabalhadores e a própria superação do sistema de exploração capitalista. Nas crises as pessoas que não ficarem na sombra também conseguem alcançar seus objetivos.